Feira do Empreendedorismo é marcada com Inclusão e geração de renda para pessoas com autismo

Sexta-feira (16) e no sábado (17) aconteceu a 4ª edição da Feira do Empreendedorismo Inclusivo, realizada no Parque Urbano Belém Porto Futuro. O evento realizado pela Sespa e Secult no Porto Futuro reuniu pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), onde onze expositores, entre pessoas com autismo, familiares e associações de pais de pessoas com  participaram .

A programação incluiu vendas de produtos artesanais, como bolos, biscoitos, geleias, adesivos, camisas, brinquedos, copos, adesivos e materiais pedagógicos.A Feira do Empreendedorismo Inclusivo é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult). O objetivo é gerar renda, fomentar a economia criativa e divulgar o trabalho desenvolvido pelas pessoas com TEA, por familiares e associações.

Nesta edição, a Feira também contou com famílias de outros municípios expondo seus produtos. Maria Raimunda Cardoso, mãe de Marcos, veio de Igarapé-Miri (município do Baixo Tocantins) em busca de visibilidade para a causa autista. “O que a gente arrecada aqui é um complemento para ajudar a pagar as terapias, e a Feira dá mais visibilidade a nossa causa. As pessoas são bastante receptivas e estão comprando bastante. Eu vendo camisas e copos personalizados, e já estou pensando em trazer outros produtos para vender na próxima edição”, informou.

Segundo a coordenadora, a Feira também é uma ação de saúde, pois “quando você gera essa inclusão no mercado de trabalho, essas pessoas se sentem valorizadas. Quando elas têm um espaço para vender sua arte, nós também estamos promovendo saúde mental, saúde ocupacional. Esse é o maior foco, não apenas gerar renda, mas valorizar as habilidades dessas pessoas”.

Suellem Fagundes, mãe de Miguel Fagundes, 7 anos, pela primeira vez participou da ação vendendo roupas infantis. “A partir do atendimento ao meu filho, estou tendo diversas oportunidades. Eu já trabalho vendendo meus produtos on-line, e essa é a primeira vez que participo da Feira. É um ganho a mais para o sustento da minha família”, disse Suellem, que não pode trabalhar fora porque cuida do filho autista.

Crescimento – A cada edição, a Feira do Empreendedorismo Inclusivo é mais procurada e gera maiores expectativas, informou Nayara Barbalho, coordenadora da Cepa. “Nesta edição, principalmente porque estamos às vésperas do Natal, as pessoas querem vender e aumentar a renda, e outras também querem comprar. Nada melhor do que comprar um presente feito por uma pessoa com autismo ou um familiar”, ressaltou.