Recurso auxiliará no levantamento de dados com maior precisão, resultando na produção de laudos periciais com maior qualidade
Peritos criminais, auxiliares técnicos de perícia e servidores administrativos da Polícia Científica do Pará (PCEPA) estão realizando o Curso de Utilização de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (Coapes), da PCEPA. A formação integra o Programa de Capacitação Continuada 2023 da instituição, e se estende até esta sexta-feira (22), no Instituto de Ensino de Segurança do Pará (IESP), em Marituba.
A qualificação técnica para a operação do drones, como são popularmente conhecidas as ARPs, é parte da política de investimentos feitos pela Segurança Pública do estado na área de tecnologia.
O curso, que consta com a presença de 38 servidores da Polícia Científica, possui 55 horas de duração e foi dividido entre os aspectos teóricos e práticos. Os participantes aprendem sobre o manejo do equipamento, aplicativos de controle, legislação vigente no país, orientações de segurança pessoal e coletiva, entre outros tópicos. A parte prática final consiste em uma simulação na qual os servidores terão que pilotar a aeronave dentro de um veículo em movimento, reproduzindo uma situação de crise, comum às situações que agentes de segurança pública encontram em missões.
“As ARPs proporcionam a visão de planos diferentes, o que é muito útil nos levantamentos que a perícia criminal precisa, além de proporcionar também o manejo do equipamento em lugares seguros, como perícias em pontes e em lugares de mais difícil acesso. As matérias do curso foram totalmente voltadas para o trabalho que a Polícia Científica faz, dando enfoque a conhecimentos específicos para cada setor pericial, como engenharia, tecnologia da informação, entre outras áreas”, afirmou Antônio Donato, instrutor do curso e sargento da Polícia Militar do Pará.
Peritos e demais servidores de todas as coordenadorias do interior também estiveram presentes na formação. “O diferencial (do curso) é que foi modelado para atender as peculiaridades da atividade pericial na segurança pública, possibilitando o levantamento de dados e realização de tomadas fotográficas estratégicas em perícias de locais de crime, acidentes de trânsito, engenharia, ambiental, entre diversas outras áreas de abrangência da Polícia Científica. O curso ajudará nossos laudos a ficarem mais claros e ilustrados, facilitando assim o entendimento pelas autoridades policiais, promotores, juízes e outros operadores do direito”, afirmou o perito criminal Lennon Valle, da Coordenadoria Regional de Altamira.
Para o coordenador da Coapes, o perito criminal José Alberto Sá, “o curso é fruto de um esforço de qualificação dos peritos criminais e demais servidores não só da sede, mas de todas as coordenadorias regionais do Pará. A Direção Geral do órgão disponibilizou vagas para todos os inscritos, além de passagens e diárias para os que vieram dos interiores para que pudéssemos qualificar nossos servidores. A capacitação é importante, pois este equipamento já está sendo utilizado em perícias de grande repercussão e tem se mostrado decisivo na coleta de informações, vestígios, impactos, e, por isso, o órgão quer expandir a qualidade das perícias e já está em processo de aquisição destes equipamentos para as coordenadorias regionais”, explicou o perito.
Texto: Amanda Monteiro